O Mágico de Oz: Livro + Filme (e comentários sobre "The Dark Side of the Rainbow")


Uma de minhas metas para 2014 seria ler mais clássicos que até então não havia tido a oportunidade de conhecer. É incrível a quantidade de referências que nos passam despercebido, sem sabermos da origem dessas histórias que fizeram a infância de nossos pais e avós.

Dentre as várias opções para dar início à esta meta, a primeira escolha foi “O Mágico de Oz”, escrito por L. Frank Baum em 1900, que hoje é considerado um dos maiores clássicos da literatura estrangeira.

A ideia de iniciar a minha meta com “O Mágico de Oz” surgiu após eu ter assistido o vídeo da Tatiana Feltrin do canal Tiny Little Things comentando sobre o livro e o filme.

Após a leitura decidi vir aqui comentar sobre ambos com vocês, e ainda sobre um terceiro “assunto” referente à esta mesma história no mundo da música.

O Mágico de Oz, de L. Frank Baum


O primeiro livro da série – que hoje somam seus 40 volumes, escritos por autores diversos – traz as aventuras de Dorothy pela Terra de Oz, após um ciclone devastador leva-la até lá, acompanhada de seu fiel amigo Totó.

Chegando em “Oz”, Dorothy é recebida pelos Munchkins com muito carinho pelos moradores locais, pelo fato de sua casa ter caído em cima da Bruxa Má do Leste, matando-a. Dorothy, espantada com o que havia feito, explica aos moradores que não pretendia matar bruxa nenhuma, e que precisava retornar para Kansas.

Instruída a ir até a Cidade das Esmeraldas para falar com o Grande Mágico Oz – o único que teria poder suficiente para enviá-la de volta à sua casa -, Dorothy segue caminho e acaba se juntando a três personagens pra lá de especiais: Um Leão muito covarde, um Espantalho incapaz de pensar sobre qualquer coisa e um Lenhador feito de Lata.

O que torna os personagens dessa história extremamente engraçados e cativantes são suas características bastante peculiares: O Espantalho desejava um cérebro para poder pensar; o Leão almejava ser um animal muito corajoso; e o Lenhador gostaria, mais do que qualquer outro homem, ter um coração.

E assim os personagens seguem se aventurando pela Terra encantada de Oz, à procura do grande mágico que pudesse atender-lhes tais desejos. 

A leitura desta obra flui com uma rapidez incrível! Cada capítulo apresenta uma quantidade encantadora de criaturas e personagens especiais que variam de uma maneira espetacular, sempre fazendo alguma referência à fauna que conhecemos.

A trama é repleta de reviravoltas e com isso o leitor mergulha sem receios neste universo encantador, ao mesmo tempo em que consegue refletir sobre situações vividas pela sociedade.

O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939)


Há poucas horas atrás tive a oportunidade de conferir a adaptação do livro lançada em 1939 que também é considerado um dos maiores clássicos do cinema mundial.

Apesar de ter gostado bastante do filme, preciso dizer que não foi exatamente o que eu esperava. Mas antes que você desanime, calma, eu vou explicar melhor o meu comentário.

Os diretores dessa produção conseguiram trazer para as telas todos os detalhes dos personagens, nos fazendo relembrar os melhores momentos vividos por cada um deles no livro. Todavia, se você, assim como eu, espera assistir uma adaptação 100% fiel ao livro, recomendo que mude este pensamento antes de conferir.

Alguns detalhes da história foram sabiamente modificados justamente pela impossibilidade de criar, por exemplo, um exército de ratinhos dispostos a construir uma carruagem para transportar um Leão adormecido, ou o momento em que o pequeno grupo de aventureiros chegam à tão sonhada Cidade das Esmeraldas que tem um segredo desconhecido por todos os residentes da área.

Ignorando esses pequenos detalhes, o telespectador consegue tirar o melhor proveito de todo o trabalho. As atuações são dignas de aplausos, e a forma como todo o filme foi desenvolvido te faz pensar sobre o que realmente era cinema na década de 40.

O filme é dirigido por George Cukor, Mervyn LeRoy, Norman Taurog e Victor Fleming, e conta com as atuações espetaculares de Judy Garland no papel de Dorothy, Ray Bolger como o incrível Espantalho atrapalhado, Jack Haley como o Lenhador de Lata e Bert Lahr no papel do Leão mais covarde do cinema!

Aos que não estão muito afim de pularem o carnaval ou precisam de uma dica do que ler/asssitir no final de semana, fica aqui a dica deste clássico que todos precisam conferir em algum momento de sua vida. Sério. A experiência de ler O Mágico de Oz te remete aos bons tempos da infância, onde tudo era mágico e fantástico. ;)

The Dark Side of the Rainbow



Gostaria de aproveitar o momento e comentar um pouquinho com vocês sobre algo que me deixou bastante curioso após assistir o filme, exatamente por gostar de um bom e velho Rock n' Roll desde sempre! Fãs de Pink Floyd sabem muito bem do que exatamente isso se trata, e se você se considera curioso, vai no mínimo instigar a imaginação com essa.

Quando disse aos meus amigos do Clube X que estava assistindo o filme, a Adriele rapidamente comentou sobre uma prática um tanto quanto estranha, mas que depois de conferido fez todo sentido do mundo (pelo menos na minha imaginação): assistir ao filme ouvindo o álbum Dark Side Of the Moon, do Pink Floyd.

Estranho? Sim, bastante! Aliás, quem ouve música enquanto assiste um filme? Eu nem sabia que era possível fazer isso e conseguir se concentrar o suficiente nos dois ao mesmo tempo. Mas graças a Deus existe doido pra tudo, e eis que surgiu o mito de “Dark Side of the Rainbow” (também conhecido como Dark Side of Oz).

Segundo nosso bom e velho Wikipédia, Dark Side of the Rainbow é o nome dado ao efeito criado ao tocar o álbum do Pink Floyd, “The Dark Side of the Moon” simultaneamente com o filme O Mágico de Oz.

Consiste, basicamente, no fato de que há diversos momentos em que uma obra corresponde a outra, seja por parte das letras das músicas ou pela sincronia áudio-visual. O nome do efeito vem da combinação do título do disco The Dark Side of the Moon e da icônica canção do filme "Over the Rainbow" cantada por Dorothy (sim, eu estou parafraseando o Wikipédia*).

Ficou curioso pra ver e quer entender exatamente do que estou falando? Então vou deixar abaixo o vídeo da compilação, e assim você pode tirar suas próprias conclusões sobre a teoria de que a banda compôs o álbum enquanto assistia o filme. Hahahahaha!


Existem vários blogs que comentam sobre o assunto, e até citam exemplos de quando a sincronia do álbum acontece no exato momento de algumas cenas do filme. Vou deixar aqui o link de um post que encontrei onde é possível conferir alguns desses exemplos. 

* Créditos: Filmow, Wikipédia.

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3 comentários:

  1. É uma experiência, no mínimo, louca...mas muitooo interessante. Estou mais apaixonada por esse toque psicodélico que se junta ao melancólico tornando a obra meio sombria...amoo!



    Le fabu de Nati

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  2. Obrigado pelo comentário! ;)

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  3. Compartilho das mesmas sensações hahaha
    Obrigado pelo comentário, Nati!

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