Já fazia 14 anos que o escritor
tcheco Milan Kundera não publicava um romance. Um hiato que deixou milhares,
talvez milhões, de fãs órfãos ao redor do mundo. Fãs de suas histórias aparentemente
banais, mas que se ocultam atrás de algo mais complexo e que se apresenta após
certa reflexão. E é assim, como esperado, em A Festa da Insignificância.
O livro é, praticamente, uma
conversa entre o leitor e os personagens apresentados por Kundera. Totalmente
ambientado em Paris, a história fica ao redor de quatro amigos: Alain, Ramon,
Charles e Calibã. Ao decorrer da história, eles se encontram em alguns
momentos, trocando ideias e memórias. Porém, a maior parte do livro acompanha
cada um individualmente, cada um seu interior e com suas particularidades.
Alain, por exemplo, é assombrado pela imagem
da mãe e reserva ao leitor as melhores passagens da história, quando tem
conversas imaginárias com ela. Além disso, só se importa com si. Ramon não faz
nada de interessante, além de querer ir a uma exposição. Porém, acaba se
desmotivando em todas suas investidas após ver o tamanho da fila. Charles está permanentemente
obcecado por uma biografia de Stalin. E Calibã, enfim, é uma pessoa frustrada
com os rumos de sua vida e que finge falar uma língua diferente para parecer
mais atraente e interessante.
Todos eles, com exceção de Alain,
que não gosta de celebrações e reuniões sociais, se preparam para ir a uma
festa de um amigo em comum. E é aí que começam as metáforas mais fortes de
Kundera, como os leitores estão acostumados: todos os personagens estão
desanimados com a celebração, por terem cosias mais importantes a se preocupar –
ler uma biografia, parecer alguém que você não é. E é aí que entra a
genialidade desta obra em questão: a festa representa a vida e os personagens
mostram o desânimo e a falta de expressividade e vontade de viver em nossa
sociedade de hoje. Só pensamos em nossas próprias metas, objetivos, sem pensar
no outro.
Em suma, a leitura é bem leve em
uma primeira instância, claro, e flui de maneira suave. E as metáforas da
história com a vida são ótimas, apesar de não se equipararem às de A Insustentável Leveza do Ser, seu
melhor livro, ainda.
O livro, enfim, é um deleite aos
fãs de Kundera e que esperaram, paciente e ansiosamente, 14 anos por uma nova
obra. É uma história cativante, compatível com nossas vidas de hoje e deliciosa
de ser lida. Agora, é só esperar que Kundera não espere mais tanto tempo para
presentear seus fãs.
Incrível, livros assim despertam a curiosidade e nos ensinam muitas lições de vida... Adoreii :)
ResponderExcluirNão conhecia esse escritor, mais também não gostei muito da resenha do livro.
ResponderExcluirAin genten...14 anos é mta mancada!! hahaa
ResponderExcluirEu n conheço este autor, mas a descrição deste livro me chamou bastante a atenção.
Gosto deste tipo de narrativa...
A capa e o título estão lindos tbm!
Gostei!
E este autor passou muito tempo sem escrever um livro !!
ResponderExcluirNuss, 14 anos...
ResponderExcluirBom, mais uma história que vou deixar passar.. Dar prioridade a outros..um dia quem sabe..
Entaoo, na verdade, eu to qerendo dar um tempo em romance, porq n aguento mais kkk, foram 2 seguidos, e isso ja e mto pra mim, mas o livro parece ser legalzin sim, quem sabe dps q eu me recuperar eu n leia.
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