Anime: Akatsuki no Yona



Quando pensamos em shoujo – estilo de anime/mangá voltado para garotas –, normalmente lembramos daquelas histórias água com açúcar que se passa no colegial, alguns focando mais no drama, outros em comédia. Akatasuki no Yona foge bastante dos temas clichês de shoujo, colocando um pezinho no shounen – anime/mangá para garotos – sem perder sua essência, mas mostrando que garotas também gostam de luta, ação e um pouquinho de sangue.
A história se passa em um reino fictício – uma mistura de Japão/Coréia/China feudal –, chamado de Kouka. Yona é uma jovem princesa mimada pelo seu pai, um rei bondoso que odeia guerras. Ela passou a vida inteira apenas no castelo de Hiryuu, acompanhada de seus dois amigos: Hak (que se torna o guerreiro responsável por protegê-la) e seu primo Soo-Won (por quem ela é apaixonada e quer se casar). Sua vida muda drasticamente quando seu pai é assassinado no dia do seu 16º aniversário por ninguém mais que seu primo So-Won. Ela, juntamente com Hak, fogem do castelo para tentar salvar suas vidas e encontrar uma forma de vingar a morte do rei.
O reino de Kouka possuem quatro tribos principais que apoiam o rei vigente: a tribo da Água, da Terra, do Fogo e do Vento. A tribo do Vento, onde Hak nasceu, recebe Yona de braços abertos e diz que ela precisa encontrar um monge vidente, o qual pode auxiliá-la. Ao encontra-lo, Yona descobre seu real objetivo: precisa encontrar os quatro guerreiros dragões que podem combater o exército de Soo-Won.
A primeira temporada do anime – com 24 episódios – é uma mistura de comédia, drama e aventura. Yona é quase uma Daenerys de Game Of Thrones. No início é inocente e mimada, mas após ver seu pai ser morto na sua frente, ela começa a ver o mundo tal como é. Seu amadurecimento ao longo da trama é perceptível não só na sua personalidade, como também nas suas ações. Ela passa a querer aprender a manusear um arco e flecha e também espada, sem falar que precisa aprender a ser uma garota corajosa se quiser ajudar as pessoas que ama.
Hak, seu fiel escudeiro e amigo de infância, é frio, engraçado e possui uma força descomunal. Ele nutre uma paixão platônica por Yona, por isso faz de tudo para protegê-la. Não dá para saber se Hak é o par romântico de Yona, porque os 24 episódios praticamente não enfocaram nisso, o que é surpreendente para um shoujo. Realmente a essência da história é a aventura.
Há uma série de personagens e todos são muito bem trabalhados. Enquanto alguns animes acabam focando apenas um ou dois episódios em personagens coadjuvantes, Akatsuki no Yona se preocupa em desenvolvê-los bem. Cada dragão guerreiro possui uma personalidade e um passado diferente. O dragão branco, Ki-ja, é devoto e elegante, uma de suas mãos é uma pata de dragão. O dragão azul, Shin-Ah, é recluso e silencioso, seu poder é visão aguçada. O dragão verde, Jae-Há, é mulherengo e pomposo, seu poder é conseguir saltar tão alto que parece voar. E por último, temos o dragão amarelo, Zeno, que foi o menos trabalhado por ter aparecido nos últimos episódios – mesmo assim, percebe-se que sua história será desenvolvida na próxima temporada.


Mas o destaque da história fica para Soo-Won, o vilão. É muito difícil não gostar dele! O personagem é bastante inteligente, frio e calculista, mas esconde esse lado ao demonstrar uma personalidade abobalhada, delicada e meiga. Ele é um dualismo que nos faz questionar se ele realmente é um vilão ou não, ou se ama Yona.
Ainda não se sabe quando sairá a segunda temporada, mas se a ansiedade for maior, dá para ler o mangá que já tem mais de 100 capítulos. Aparentemente a história do anime está bem fiel a do mangá. O último episódio do anime corresponde ao capítulo 47.
Akatsuki no Yona foi uma adorável surpresa com sua história diferente – para um shoujo –, com uma arte lindíssima e com uma trilha sonora muito bonita. Estou definitivamente morrendo pela segunda temporada.


Danielly Stefanie

21 anos, formada em Publicidade. Não sabe se gosta mais de escrever ou de desenhar. Não sabe se tem mais medo da tela em branco do Word ou do Photoshop. Lê praticamente qualquer tipo de livro. É apaixonada por cultura japonesa, faz aulas de japonês, pratica karatê e kobudo. Sem falar todas os animes que assiste. Um dia vai trabalhar no Studio Ghibli (só não sabe se será desenhando ou escrevendo).

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1 comentários:

  1. Eu vi esse anime, mesmo não me prendendo muito consegui gostar pacas! Personagens bem fodas e um vilão que você simplesmente não consegue odiar (no meu caso é bem normal, eu tenho uma série de vilões favoritos ).

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