Livro: A Rainha Vermelha, de Victoria Aveyard

Confesso que no início, quando minha namorada me deu o livro para ler, achei que seria mais uma daquelas histórias como A Seleção, entre outros livros fofinhos, com um romance e claro, um lindo príncipe. Mas eu estava enganado, e muito.
A Rainha Vermelha trás a história de Mare, uma garota com sangue vermelho.

Ué, mas todo mundo já não tem sangue vermelho?!

Não! Não tem. O livro tem distinções até mesmo de sangue. Os de sangue prateado representam os nobres, mais ricos, postura ereta e superpoderes. Aquelas pessoas cujo sangue é vermelho, são pobres e não passam de seres humanos comuns.

Mare é uma ladra excepcional. Ela faz mais o estilo Robin Hood, rouba daqueles que tem mais condições para dar mais a seus pais. A protagonista me lembrou muito a Katniss no início da história (não, ela não usa um arco), ela rouba junto com seu melhor amigo, leva comida para casa, não pensa muito em homens, essas coisas.

A distopia nessa sociedade é muito forte, logo no primeiro capítulo você já consegue ver o quão oprimido é o povo e a tamanha miséria da população. Ao avançar das páginas, o sentimento de injustiça se intensifica, bem como a compreensão dessa sociedade extremamente segregada se torna mais clara. Inicialmente, fiquei um pouco confuso sobre os prateados no início, principalmente sobre seus poderes, mas a sensação foi passando conforme avancei pelas páginas.

Em sua casa, Mare tem três irmãos que estão servindo ao exército e uma irmã, Gisa, ruiva, linda e muito adorável. Seus pais são muito tranquilos e sempre estão preocupados com os filhos, a espera de uma carta ou um sinal de vida. E como Mare não deseja servir o exército, ela precisa juntar dinheiro rápido para que ela e o amigo dela desapareçam de uma vez por todas.

Durante uma noite, Mare conhece um rapaz em um bar, ele lhe dá duas moedas de ouro, usando a justificativa de que ela precisava mais do que ele. Até aí tudo bem, Mare conta um pouco das suas aflições para o rapaz e diz sobre o quão ruim é a vida daqueles que tem sangue vermelho. No dia seguinte, dois guardas chegam para buscar Mare em sua casa e a levam diretamente para o palácio, onde estão os nobres prateados e o rei. Sem entender muita coisa, Mare se sente intimada a ir para lá, na oportunidade de burlar o recrutamento.

A garota é levada para servir bebidas para os prateados. Lá em cima ela descobre que estão usando uma arena para uma disputa. A disputa de quem será a próxima princesa. Mare procura pelo futuro rei e encontra o mesmo rapaz da noite passada, Cal, aquele garoto que havia lhe dado duas moedas de ouro.

Durante a disputa na arena, um pequeno acidente acontece e Mare sente seu corpo totalmente energizado. Sem querer a garota cai na arena e vê eletricidade saindo de suas mãos. Uma garota de sangue vermelho com poderes ainda maiores do que os prateados.

Quando o livro engata, você não consegue parar de ler as páginas, porque tudo começa a ficar muito bom, emocionante, e recheado de surpresas. A autora soube manter um ritmo legal na história e os personagens foram muito bem construídos. E apesar do gênero também ser YA, você acaba vendo que esse lado puxado para o romance é um pouco apagado, apenas nas cem últimas páginas a personagem começa a sentir esse tipo de sentimento.
A editora Seguinte está de parabéns com a edição do livro. A capa é linda e metalizada, achei essa sacada incrível. Nota mais do que merecida. Estou muito ansioso pela continuação, que está prevista para Fevereiro de 2016. Além é claro da adaptação para as telonas, que já foi confirmada há um tempo!



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