O que você faria se acordasse todos os dias apaixonado pela mesma garota? Simples, não é?! Iria atrás dela pra tentar conquista-la. Mas calma... Eu não estou falando daquele filme da Sessão da Tarde, “Como se Fosse a Primeira Vez”. Deixe-me reformular a perguntar: O que você faria se todos os dias acordasse em um corpo diferente, e tivesse que ir em busca da garota que você ama? É assim o mundo de “A”. Perdoem-me, primeiramente, se algumas partes deste texto estiverem confusas, mas é assim mesmo a vida de “A”, confusa, e não poderíamos fazer jus ao seu personagem distorcendo um pouco sua história.
“A” poderia ser um garoto ou uma garota comum. Apaixonado por música, viciado em filmes, que todos os dias vai à escola, se encontra com os amigos, almoça, se diverte nos fins de semana... Mas não é bem isso que David Levithan resolveu criar em seu divertido livro “Todo Dia”.
“A” poderia ser um garoto ou uma garota comum. Apaixonado por música, viciado em filmes, que todos os dias vai à escola, se encontra com os amigos, almoça, se diverte nos fins de semana... Mas não é bem isso que David Levithan resolveu criar em seu divertido livro “Todo Dia”.
Aclamado pelas críticas, “Todo Dia” é um livro que vai te fazer refletir sobre as pequenas decisões de sua vida e como elas podem refletir em algo bem maior futuramente. Logo nas primeiras páginas dessa leitura somos apresentados à este personagem indefinido – não é um garoto, nem uma garota -, ele simplesmente é alguém. Um ser. Alguém que todos os dias acorda em um corpo diferente, em uma casa diferente, com uma família diferente, e vive rotinas diferentes.
“A” tem sua rotina, assim como qualquer outro. Ao acordar, todos os dias, ele precisa rapidamente identificar o dono do corpo que habitará durante aquele dia, saber onde está, e quais são as atividades diárias daquela pessoa. Quase sempre prefere ligar pra escola, fingir estar doente e passar o dia lendo, jogando videogames etc. Porém, em um certo dia, ao acordar no corpo de Justin, “A” decide ir à escola, assistir às aulas, e acaba conhecendo Rihannon, a namorada de Justin, por quem se apaixona instantaneamente, e este romance será conduzido por toda a história como o objetivo principal do personagem: acordar e ir ao encontro dela, mesmo que acorde há 15 minutos ou 4 horas de distância dela.
Carismática, apaixonante e divertida, Rihannon é o tipo de garota por quem qualquer garoto se apaixonaria, mas que por sua vez é apaixonada por seu namorado, mesmo ele não a tratando como merece. Por essa razão “A” decide conquistar Rihannon, mas isso não será tão simples, afinal, ele está mudando constantemente de aparência.
No livro existe ainda um personagem chamado Nathan, cujo corpo é “possuído” por “A” em um certo dia, e o garoto acaba criando uma grande confusão ao longo do desenrolar da trama, trazendo muitas surpresas pro leitor, que acaba entendendo as decisões tomadas no final da história. Mas eu não as comentarei aqui, para não dar spoilers!
Se eu tivesse que recomendar um livro à alguém, este livro seria “Todo Dia”. As situações vividas pelo personagem deste livro são surpreendentes, engraçadas, curiosas e às vezes bem sérias.
“A” acorda no corpo de muitas pessoa diferentes, e isso destaca a capacidade que David Levithan tem em desenvolver uma boa história, de uma forma inovadora.
Sem dúvidas este foi um dos melhores lançamentos de 2013, e, apesar de muitas críticas negativas rodearem as discussões sobre este livro, eu recomendo-o que o leia, porque vale muito a pena! Não é comum encontrarmos livros que abordem várias temáticas diferentes como neste trabalho, e muitas críticas à religião e preconceito também estarão presentes aqui.
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