Faking It

"Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade", frase que escuto desde pequeno. Para mim, os autores dela eram meus pais, mas, segundo o Google, é Joseph Goebbels. Seguindo a linha da frase de Goebbels/meus pais, o seriado Faking It da MTV conta a história de duas garotas perdidas em um universo de mentiras que se tornam verdades e vice-versa.


Karma e Amy são melhores amigas e, também, opostos que se atraíram. A primeira é uma jovem fanática por popularidade, Crepúsculo, maquiagem, o universo da moda e modinhas. Já a segunda, prefere o caminho alternativo e não se preocupa nem um pouco em ser destaque no meio adolescente. Talvez o único vício de Amy seja a amizade de Karma, sendo que ela é capaz de colocar em risco até a sua reputação para que a amiga consiga pelo menos uma mínima porcentagem da popularidade tão desejada.
A oportunidade de se tornarem conhecidas no colégio cai de paraquedas quando, em uma festa, o personagem Shane diz no microfone uma mentira que todos já suspeitavam ser verdade: Amy e Karma não eram apenas amigas; mas sim, um casal de lésbicas. Quando elas negam, o pessoal colégio decide aproveitar a oportunidade para abrir suas mentes e, como forma de provar que "elas não precisam se esconder no armário", as elegem como Rainha e, bem, Rainha do Baile.
A partir daí, o que parecia absurdo começa a ser bem aceito por Karma. Ser uma falsa lésbica estava lhe trazendo a coroa do baile, o reconhecimento vindo de todos do colégio, uma sessão fotográfica e, ainda mais, a atenção de um dos garotos mais populares e bonitos, Liam Booker.
Para Amy, o fingimento trouxe algo muito maior: a verdade. Estar mais próxima da amiga, andar de mãos dadas e beijá-la na boca, provou para a garota que, na verdade, Karma era a única que estava fingindo ser lésbica. A atração e os sentimentos além da amizade de Amy pela amiga eram reais e foram despertos no momento em que elas começaram a fingir.
Em oito episódios de apenas vinte minutos, o seriado discute, na primeira temporada, temas polêmicos e delicados entre os adolescentes como aceitação, descobertas sobre si mesmo, sexo, mentiras, famílias e relacionamentos. Junto de uma grande dose de humor, os personagens são característicos, conseguem fisgar a audiência com risadas e, também, com lágrimas. A segunda temporada já está confirmada e - principalmente depois do final da primeira temporada (sim, estou te persuadindo para assistir e descobrir o que acontece) - os fãs esperam muito ansiosamente, e sem nenhum grau de fingimento, pelos próximos episódios.



Rafael Palone

20 anos, é jornalista o tempo todo e Superman nas horas vagas. Potterhead, filho de Hermes, tributo, cinéfilo, membro da erudição, coldplayer, palmeirense, fanático por super-heróis, entre outros. Sabe tocar piano, teclado e campainha. Gosta de escrever e seu maior sonho é entrar no cinema para ver a adaptação de um livro por ele escrito.

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2 comentários:

  1. Eu vi a série e, apesar de não ter gostado tanto assim, o final foi mesmo surpreendente! Que chegue a segunda temporada ;)
    Abraços!

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