Após o árduo processo de inscrição e seleção pelo qual centenas de garotas de Illéa passaram, em que apenas 35 delas tiveram a oportunidade de sofrer, de perto, de amores pelo garoto mais requisitado do país, eis que, finalmente, chegamos a segunda etapa desse drama: a Elite.
Entre todas as garotas, bonitas ou feias, que se ofereceram a se casar com o príncipe encantado, restaram apenas seis.
Há quem diga que estas são as mais belas, inteligentes e, ao mesmo tempo, as pessoas mais diferentes que existem. É óbvio que foi escolha da autora envolver pessoas de personalidades opostas para criar, talvez, alguns conflitos entre elas. Por outro lado, não dá para entender como um cara, vulgo príncipe e futuro rei, pode não ter uma opinião formada sobre qual é o tipo de personalidade que o atrai. Inteligente, perspicaz, doce, egocêntrica, gentil? “Ah, não, quero uma de cada. ”
Ter o rabo preso com o pai não o impede de fazer a escolha por conta própria. Sua indecisão é tão clara quanto a de America. Pois é. Entre as seis “elitizadas” temos America Singer, a garota perfeita. Perfeita até demais. Não só aos olhos de Maxon e Aspen, mas de todo o povo de Illéa – e nós! Esta é a moça de cabelos ruivos com pose de justiceira, muito valente, e que não está nem aí para o que o rei está pensando dela. Estamos falando de uma mulher pronta para atacar com unhas e dentes tudo e todos que atrapalham esta pobre sociedade. America pensa dentro e fora da caixa, e tenta mudar tudo aquilo que está errado, mas que, culturalmente, parece correto.
Seja tudo isso uma bela história de princesas ou só mais um romance do tipo clássicos da Disney, o livro, destinado a meninas, não foge do seu propósito. É doce, mas incomoda em alguns pontos. A trama se desenvolve bem e se aprofunda muito pouco. A maior parte dos acontecimentos são forçados, bobos e talvez até superficiais.
Um reality show que vai além da realidade mas não empolga em nenhum momento. Uma história de amor melhor que Crepúsculo, mas não menos irritante.
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