Vivemos numa época na qual o
fantasioso e irreal fazem sucesso. Distopias, romances juvenis, livros sobre
seres mitológicos ou aquelas aberrações literárias ao estilo de Cinquenta Tons de Cinza. Porém, surge agora
um livro que vai à contramão de tudo que está na lista de mais vendidos, mas
que mesmo assim é sucesso de vendas e crítica: O Pintassilgo.
É só dar uma olhada na capa e
contracapa do livro de Donna Tartt e ver que ele não é pouca coisa: venceu
o prêmio Pulitzer, foi chamado pelo dificilmente conquistável Stephen King de “romance
literário e inteligente, que fala tanto ao coração quanto à mente” e conquistou
a crítica dos principais jornais do mundo.
E o que surpreende é que, além do
livro ser um verdadeiro calhamaço (720 páginas!), ele fala sobre Theo, um
garoto comum e sofrido que perde a mãe num atentado a bomba num museu. O livro
é, basicamente, o desdobramento da vida do garoto após a perda da mãe: a vida
com o pai e a madrasta, a perda e a conquista de novos amigos e os
descobrimentos naturais da adolescência. São mais de 700 páginas sobre a vida.
O que mais impressiona disso tudo
e que, talvez, tenha de fato conquistado a crítica do mundo é o quão leve são
as palavras de Donna. Li pouco mais de 300 páginas em um dia e nem senti. A
história passa pelas páginas e o leitor vai se sentindo parte integrante da
vida de Theo. Compartilha de sensações, sentimentos, sofrimentos, emoções.
Além disso, é muito interessante
a relação entre o garoto com a obra de arte que dá nome ao livro. A autora constrói
uma relação afetiva entre o quadro e Theo. Esse recurso acaba também
possibilitando um encadeamento de acontecimentos posteriores interessantes e
que ditarão o ritmo da obra por algumas páginas.
Vale destacar, também, o ótimo
aprofundamento de personagens secundários, com destaque para o amigo Boris, a
madrasta Xandra, o pai e, apesar de morta logo no começo, a mãe, reproduzida em
lembranças e flashbacks. Todos possuem
um aprofundamento psicológico interessante e acabam não sendo, em momento
algum, rasos na história.
Caso me atrevesse, diria que o
único ponto negativo seria a parte longa demais da vida de Theo em Las Vegas
com o pai. É uma parte que se demora e muitos podem achar desagradável. Porém,
a meu ver, ela acaba se justificando e sendo bem aproveitada pela autora.
O final, cheio de explicações e
reflexões, é um momento ideal para parar a leitura e colocar um pouco das
ideias que Theo ali expõe. Além disso, a explanação mais profunda sobre o
quadro e o pintor é deliciosa de ler. Uma coroação da relação, já mencionada,
entre o protagonista e o quadro.
Enfim, O Pintassilgo é um livro
inovador para a época e merecedor de todos os prêmios, honrarias e elogios que
vem recebendo. É, acima de um livro, uma obra de arte literária. Delicado, preciso,
elegante. Um livro que não só merece ser lido. Deve ser lido para levar como
lição para o resto da vida.
Eu ganhei esse livro da Editora Paralela e pretendo lê-lo ainda neste ano. <3 Parece mesmo ser MUITO BOM. *U* Abraço, Matheus. o/
ResponderExcluirGostei, me parece ter uma ideia muito interessante e legal de ser lida.
ResponderExcluirQuem sabe algum dia eu dê uma chance a esse livro ne
Eu li esse livro, e com certeza é uma lição de vida. Inovador e ispirador. Gostei muito.
ResponderExcluirNossa! Essa resenha me ganhou.. Só pela capa eu não leria (julgo muito um livro pela capa) mas a história, com certeza me ganhou
ResponderExcluirnunca tinha ouvido falar deste livro , mais a resenha contagiou *)
ResponderExcluir720 pag! Caramba!
ResponderExcluirMas q capa liindaaa!
O enredo é bem interessante.
Parece ser uma história bem tocante e emocionante.
Quero leeer. Deve ser muito bonito pelo que disse na sua resenha e pelas resenhas no skoob também.
ResponderExcluir700 pags! Esse é grande hahha Mas não gostei muito, então não pretendo ler..
ResponderExcluirAbraços!
Não gostei muito da capa, mas quem sabe talvez eu goste
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