Sabe quando uma situação horrível
acontece e você tem vontade de rir? Aquela gargalhada sai de não sei onde e
você tem que se segurar pra não rir de alguém tropeçando, se dando mal em algo.
É aquele humor negro que vive dentro de cada um de nós e que tentamos controlar
desesperadamente. Bem, se você quer extravagar o que vive dentro de você,
recomendo fortemente a leitura de Sete Dias sem Fim.
A história gira em torno da
família Foxman, que acaba de perder o patriarca. Tudo normal até o ponto em que
os quatro irmãos – Judd, Paul, Philip e Wendy – descobrem que o último desejo
do pai era celebrar o shivá, uma espécie de luto familiar que dura por sete
dias. Durante esse tempo, a família deve permanecer junta, recebendo amigos e
familiares que desejam dar os pêsames. E é neste ponto que o caos é instaurado.
Judd, que narra o livro inteiro,
está vindo de um casamento destruído após a esposa ser pega o traindo com o
chefe. Paul, que não se dá nem um pouco bem com Judd, vive uma crise em seu casamento
com Amanda por não conseguirem ter um filho. Philip, o caçula, se dá bem com todos,
mas é intempestivo e não mede consequências. Ele também apresenta aos
familiares, durante o Shivá, sua nova noiva: Jeny, uma analista quase 30 anos
mais velha que o rapaz. E, por último, temos Wendy, a irmã casada com Barry,
que não pensa em nada além de seus negócios e que negligência os cuidados com
os três pequenos filhos do casal. Além dos irmãos, a mãe, Hillary, é uma psicóloga
que não tem vergonha de falar sobre quaisquer coisas na frente de seus filhos e
netos.
Desse jeito, o livro vai se construindo,
mostrando as complicadas relações familiares. Judd, o protagonista e narrador
da história, mostra as diversas situações de maneira hilária. Peguei-me dando
gargalhadas (em público, vale dizer) quando Judd detalha o momento no qual
flagrou a esposa com o chefe. É uma daquelas cenas memoráveis.
E assim segue o livro inteiro. O
leitor ri das situações mais graves e preocupantes. Tudo graças à ótica
diferenciada e divertida de Judd. Não é possível ver algo trágico sem rir. E aí
que está a magia do livro. De uma maneira lenta e reflexiva, o livro mostra que
mesmo nas piores situações, há algo para se retirar e tomar como alívio no
momento. Sempre há algo de bom no que acontece.
O único ponto que coloco como
negativo é o final. E quando digo final, são aquelas últimas páginas mesmo. A
conclusão, como um todo, é extremamente satisfatória. Apenas o rumo de Judd no desfecho de tudo que me deixou incomodado demais. Poderia ter sido diferente.
Enfim, Sete Dias sem Fim é um
ótimo livro. Divertido e trágico. Rápido e reflexivo. Leve e intenso. É um
livro para se deliciar e colocar todo o humor negro guardado para fora. E vale
dizer que o livro virou filme e estreará agora, em novembro. Dentre as
estrelas, estão Jane Fonda, Jason Bateman e Tina Fey.
Eita, curti essa resenha! Me deixou com vontade de ler. Vou dar uma procurada nesse livro.
ResponderExcluirÓtima resenha!
Adorei a resenha e quero ler o livro, me parece ótimo :)
ResponderExcluirMuito bom esta resenha gostei muito , vo tentar ver o filme e ler o livro
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