Battle Royale | Koushun Takami

Battle Royale conta a história dos estudantes de uma turma do nono ano do ensino fundamental de um estado totalitário que são jogados em uma ilha e obrigados a se matarem até restar somente um. Esse jogo ao qual eles são submetidos, teoricamente, é um programa do governo que tem como objetivo analisar o comportamento deles naquela situação, porém, é óbvio que aquilo é usado como forma de amedrontar a população. Essa história não é estranha para você, não é? Sim, lembra bastante Jogos Vorazes, mas vamos deixar as comparações para depois.

[Restam apenas 42 Estudantes]

Uma trama meio batida, né? Onde apenas um pode sair vivo… o diferencial de Battle Royale é como o autor, Koushun, utiliza seus 42 estudantes e conta suas histórias de reação diante esse programa em que a participação é obrigatória. O número de personagens é grande, um tanto assustador se você parar para pensar se o autor conseguirá dar conta disso. E, por incrível que pareça, Takami consegue dar espaço e atenção a todos os personagens, por mais que seja apenas uma passagem rápida. Mas, aborda principalmente os personagens de Shuya Nanahara, Noriko Nakagawa e Shogo Kawada.

Cada um dos 42 alunos no começo do jogo recebem uma bolsa com alguns suprimentos e sua arma. A arma varia, pode ser um mísero garfo de comida, uma faca de caça ou e até uma metralhadora.

E sim, a violência é uma parte grande do livro. A violência existe, e ela é bem detalhada; muito provavelmente em alguma descrição você sentirá um arrepio na espinha ou nojo. Contudo, o foco do autor não é necessariamente esse. Ele quis contar e demonstrar como um determinado grupo de jovens, onde todos supostamente se conheciam e se consideravam amigos, pode mudar e mostrar suas verdadeiras faces para lutar e sobreviver. Demonstrando todas as facetas que o ser humano pode ter.

Além disso, existe a crítica social e política ao governo japonês e até mesmo ao governo da Coréia do Norte, que mantém uma postura rígida e fechada para o resto do mundo e sua cultura.

O rock, por exemplo, é totalmente proibido pelo governo da República da Grande Ásia, por  considera-lo contestador e acreditarem que influencia negativamente os jovens. Não é a toa que o personagem de Shuya seja um guitarrista iniciante que adora Elvis Presley.

Quanto a toda aquela comparação com Jogos Vorazes, acredite, algumas cenas são bem parecidas e toda a ideia de morte e apenas um sobreviver é a essência, porém, Jogos Vorazes vai bem além da arena e tem todo o desenvolvimento da rebelião e tudo mais, enquanto Battle Royale é focado somente no jogo e é um pouco mais “adulto” (e sangrento).

Quando o livro chegou em casa com todo aquele kit de sobrevivência enviado pela editora (só não veio a metralhadora), confesso que fiquei louco para ler. São muitas páginas, mas vale a pena ser lido por qualquer pessoa que goste desse tipo de história. 


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1 comentários:

  1. Eu queria o mangá de Battle Royale, o livro é muito grande, me dá preguiça de ler. huehueueu

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