Livro: Elena: A Filha da Princesa, de Marina Carvalho


Atenção! Podem haver spoilers dos livros Simplesmente Ana e De Repente, Ana.


Marina Carvalho seguiu o mesmo raciocínio de Kiera Cass ao escrever A Herdeira para escrever Elena: A Filha da Princesa. As duas quiseram mostrar a história da filha de suas primeiras protagonistas, herdeiras dos tronos de seus países, mas Marina resolveu dar uma nova roupagem a história, enquanto Kiera seguiu a mesma linha de A Seleção.
A história de Elena, filha de Ana e Alex, tem uma abordagem mais puxada para o young adult do que Simplesmente Ana e De Repente, Ana. A escritora muitas vezes trás cenas mais sensuais, o que infelizmente fica um pouco forçado, com umas frases no clima de Cinquenta Tons de Cinza, só que mais leves.
Elena cresceu se inspirando no lado ativista de sua mãe, e aos 19 anos já entrou em um projeto da faculdade para trabalhar voluntariamente na Nigéria, ensinando crianças a ler. A garota prova não ser nenhuma princesinha arrogante, como muitos imaginam, sendo altruísta e dando muito valor para a educação. Durante uma de suas aulas na aldeia, a garota recebe um telefonema com uma notícia surpreendente, que a faz voltar para Krósvia de imediato. Já em seu país, o casamento de sua prima Luce reúne todos seus parentes, inclusive a ovelha negra da família: Luca. O filho de sua tia Marieva ficou conhecido por seu jeito revoltado e por tudo que ele aprontou, o homem nem mesmo costuma dar as caras por Krósvia, mas não pode deixar de comparecer ao casamento de sua irmã. Acontece que Elena sempre teve uma paixão secreta por seu primo mais velho, e ela acreditava ter deixado isso para trás, até reencontrá-lo. Luca também não consegue ignorar como sua prima cresceu, além de toda a sua beleza.
A trama segue aquela linha do homem frio e calculista que vai se revelando e se tornando uma pessoa melhor à medida que se apaixona. Assim como acontece com Christian Grey em Cinquenta Tons de Cinza, aos poucos vamos descobrindo a história de Luca e o motivo dele ter criado esse escudo de bad boy.
A história trás cenas fofas, principalmente entre Elena e Ana, e é muito legal ver o rumo que cada personagem tomou. Entretanto, algumas cenas são bastante forçadas e os personagens são inconstantes, dando a sensação de que o romance principal é um pouco supérfluo, tudo acontece de uma hora para a outra. Muitas vezes, a impressão que fica é que é só uma questão de atração.
A Editora Galera Record passou a publicar os livros de Marina e já caprichou na edição de Elena: A Filha da Princesas. A capa é maravilhosa e a ilustração lembra bastante a de Simplesmente Ana, além dos detalhes na diagramação que deixam o livro mais elegante e com clima de realeza.



Malu Sâmia

20 anos, está na faculdade de jornalismo. Gosta de fotografia, comédias românticas, shows, revistas, clichês bem escritos, de tocar violão e viajar. Está sempre com um livro e o iPod na mochila, coleciona ingressos de cinema e imas de cidades. É impulsiva, persistente, um pouco distraída e muito curiosa.

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