Livro: Joyland, de Stephen King

Sou fanático por Stephen King. Já li vários livros dele e sempre os considerei, no mínimo, ótimos. As histórias sempre são bem amarradas, originais, com ótimos personagens e desfechos de tirar o fôlego. E isso não é diferente em Joyland.
Neste novo livro de King, acompanhamos Devin Jones: um universitário com problemas no relacionamento e que não consegue vislumbrar um futuro profissional.
A única saída para ele, então é o parque de diversões Joyland, onde arranja um emprego temporário.
O local, além de ter funcionários excêntricos, foi palco de um misterioso assassinato em um de seus brinquedos. O responsável? Um serial killer impossível de ser identificado. E a história do livro não termina com o misterioso assassinato.
Dev também acaba fazendo amizade com uma moradora local, que é sempre vista com seu filho cadeirante. De poucos amigos, o rapaz vai descobrindo aos poucos seu passado e personalidade.
Com uma trama focada e extremamente bem detalhada, o leitor sente como se estivesse dentro de Joyland. É pura imersão, como King sempre faz tão bem em seus livros.
É interessante notar, porém, que Joyland não se parece — com exceção da imersão no ambiente — com qualquer outra obra de King. É algo ímpar, impossível de ser comparado.
Por exemplo: o tamanho. Com apenas 239 páginas, o livro é um dos menores de King — que geralmente apresenta histórias que ultrapassam as 500 páginas e chegam a 1000, como é o caso de It. O ritmo da história, então, acaba sendo mais veloz: o livro engrena rápido e, logo no começo, já fica impossível parar a leitura.
Outro motivo que causa espanto é o fato do livro não dar medo. Apesar do assassinato rondar toda a história, em nenhum momento sente-se o medo que é visto, por exemplo, em O Iluminado ou em It. É um livro mais voltado para o suspense.
O desfecho, porém, é a cara de King. Surpreendente e tenso atá a última página, a conclusão da história de Joyland causa um misto de sensações no leitor: emoção, surpresa, dúvida, tristeza. E tudo muito bem detalhado e descrito.
Enfim, Joyland é mais uma obra prima de King. Ótimos personagens, descrição, enredo, desfecho. E o mais interessante: deverá agradar, inclusive, os que sempre sentiram medo das tramas aterrorizantes que o autor possui. Livro recomendado, então, para todos os públicos.


Matheus Mans

20 anos, estudante de jornalismo. Leitor voraz de qualquer tipo de livro, cinéfilo de carteirinha e apaixonado por música brasileira. Não vive sem doses frequentes de Stephen King, Arnaldo Antunes, Wes Anderson, Woody Allen, Adoniran Barbosa, Neil Gaiman, Doctor Who, Star Wars e muitas outras coisas que permeiam sua vida.

    Comentários do Blogger
    Comentários do Facebook

2 comentários:

  1. Amo muito tudo envolvido com assassinatos, principalmente séries (como Dexter).
    Acho muito interessante não ter um clima assustador, com um tema de parque, acho que realmente não combinaria.

    ResponderExcluir
  2. Amo muito tudo envolvido com assassinatos, principalmente séries (como Dexter).
    Acho muito interessante não ter um clima assustador, com um tema de parque, acho que realmente não combinaria.

    ResponderExcluir