A Filha do Império: realmente épico!

Sou apaixonada por livros épicos e de fantasia como Senhor dos Anéis e Guerra dos Tronos. O principal problema do Senhor dos Anéis é que possui poucas personagens femininas importantes – no caso, a que mais se destaca é Éowyn, já que Arwen quase não aparece –, já Guerra dos Tronos apresenta uma gama enorme de personagens femininas incríveis. No caso de Filha do Império, a personagem principal é Mara, uma garota de dezessete anos que perde o seu pai – o rei de Acoma – e seu irmão. Ela estava a ponto de entrar para a Ordem de Lashima – pelo o que entendi, é uma espécie de convento, quando recebeu essa terrível notícia e precisou voltar para seu reino e protegê-lo dos Minwanabi, os inimigos de sua família.

Mara é uma personagem muitíssimo bem trabalhada. Ela começa como uma garota aparentemente frágil, mas que rapidamente vai amadurecendo e se adaptando as dificuldades que surgem. Com a morte de seu pai, vários soldados de Acoma foram mortos, sobrando pouquíssimos para proteger o reino e sua rainha. Com astúcia, inteligência e paciência, ela vai recuperando tudo que foi perdido para conseguir seguir em frente com sua vingança. Mara passa por poucas e boas. Enfrentará vilões impiedosos, problemas entre reinos, casamentos arranjados e tentar se manter viva.

Lembra muito Game of Thrones, com a diferença de que o enfoque é apenas na personagem principal. Através dos olhos dela, vamos sendo apresentado a um reino fantástico. Um ponto importante é notar que os escritores, Raymond E. Feist e Janny Wurst não descrevem tanto as criaturas ou costumes desse mundo. No começo é bem confuso e você não entende direito, mas aos poucos vai assimilando. Como essa saga faz parte do mesmo universo de O Mago, de Raymond, talvez haja mais detalhes nela. De qualquer forma, mesmo se você não leu O Mago, dá para entender a história de A Filha do Império.

E as personagens femininas não se resumem apenas a Mara. Há Nacoya, inicialmente sua ama e depois sua conselheira, uma mulher já idosa, mas muito inteligente e que conhece muito sobre o reino. Há a rainha dos Cho-ja e Teani, as quais não posso falar muito se não darei spoilers. Além delas há outros personagens masculinos muito bons e bem trabalhados.
 O livro é um prato cheio para quem gosta de livros épicos. Revoluciona em vários aspectos e possui uma narração muito gostosa, que faz você querer ler rapidinho para chegar até o final – E QUE FINAL! 


Danielly Stefanie

21 anos, formada em Publicidade. Não sabe se gosta mais de escrever ou de desenhar. Não sabe se tem mais medo da tela em branco do Word ou do Photoshop. Lê praticamente qualquer tipo de livro. É apaixonada por cultura japonesa, faz aulas de japonês, pratica karatê e kobudo. Sem falar todas os animes que assiste. Um dia vai trabalhar no Studio Ghibli (só não sabe se será desenhando ou escrevendo).

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