Antes de irmos para a resenha, tenho que admitir que tive um pé atrás com a série, ainda mais por ter lido As Crônicas dos Kane e não ter achado isso tudo da série. E quando soube que Magnus é prima de Annabeth, aí a situação desandou de vez. Foi como ver o Rick dar um tiro no escuro, porque se a série não fosse boa, aí perderia muitos créditos por ter jogado uma pessoa da história grega nessa nova saga. Por conta disso, acabei demorando mais de um ano para ler o primeiro livro.
E agora é a hora da verdade. A série me surpreendeu tanto que assim que acabei o primeiro, decidi ler o segundo seguidamente. Os resultados foram bastante positivos...
A ESPADA DO VERÃO
A vida de Magnus Chase nunca foi fácil. Desde a morte da mãe em um acidente misterioso, ele tem vivido nas ruas de Boston, usando de muito jogo de cintura para sobreviver e ficar fora das vistas de policiais e assistentes sociais. Até que um dia ele reencontra tio Randolph – um homem que ele mal conhece e de quem a mãe o mandara manter distância. Randolph é perigoso, mas revela um segredo improvável: Magnus é filho de um deus nórdico.
Já estivemos perto do fim do Olimpo, a guerra entre acampamentos gregos e romanos, o retorno de deuses egípcios e a destruição do planeta, para agora acompanharmos a ameaça do Ragnarök, o Juízo Final. Acompanharemos Magnus Chase descobrir quem é o seu pai, seu início em uma nova vida (e não queremos spoilers por aqui), sua ligação com Annabeth Chase, artefatos milenares perdidos, locais sagrados e mitológicos, heróis se tornando vilões e vilões se tornando heróis, para no fim evitarem apenas um dos gatilhos para o Ragnarök.
Thor, Loki e Odin são alguns dos já conhecidos nomes da mitologia nórdica que Rick Riordan leva aos fãs, com muita aventura, sequências de tirar o fôlego e, claro, muito humor. E Thor, bom... Aquele Thor que conhecemos no universo da Marvel não tem NADA a ver com esse do Rick. Thor é o maior bundão de todos, sério, chega até a ser triste. Mas enfim, o livro é uma aula de cultura para marinheiros de primeira viagem e uma grata leitura para os já conhecedores do assunto, com recontextualizações regadas à referências pop (olá Jay e Silent Bob) e sem triângulos amorosos!
Nesse livro, consegui perceber logo no começo a mudança do autor com o tipo do livro. Achei que seria mais do mesmo, mas o Rick soube mudar bem sua forma de escrever, os detalhes e até mesmo melhorou e muito, no humor e sarcasmo da história.
O MARTELO DE THOR
Seis semanas! Esse é o tempo que separa a primeira da segunda missão de Magnus Chase e seus amigos. Magnus é um einherjar, um guerreiro que lutará no Ragnarok, o fim do mundo na mitologia nórdica. Depois de saber que seu pai é Frey, um deus nórdico pacífico, e que de quebra impediu o início do Ragnarok. Magnus só desejava um pouco de tranquilidade (como se isso fosse possível emValhala). Iludido! Logo ele aprende que quando tudo fica calmo é sinal de grande complicação! Mas, voltando a segunda missão. Como você pode ter percebido no título do livro, o martelo de Thor está desaparecido. Então agora parece que a coisa está um pouquinho mais complicada.
A maior surpresa do livro é o novo personagem que Rick incrementa a história: Alex Fierro. Vamos falar um pouco de Alex. Assim com Samirah, Alex é filha de Loki. Porém a diferença entre elas é que Alex não é grilada com esse negócio de mudar de aparência com sua irmã. Mas o que elas têm de igual é a raiva que sente por Loki. No começo não estava entendendo ao certo se Alex era menino ou menina. Em alguns momentos achei que Alex fosse uma pessoa transexual. Tio Rick explica mais à frente no livro que Alex na verdade é um “argr” (pessoa com o gênero fluído). Em alguns momentos, Alex se identifica com um gênero, em outros, com outro. Ela/ele não se limita a apenas um. Alex é um personagem no meu ver muito importante para os acontecimentos futuros tanto desse livro como para o que virá.
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