A Travessia | William P. Young

Esse livro não é uma continuação de A Cabana, eles são do mesmo autor mas são independentes.
A narrativa melhorou muito com relação A Cabana, eu achei a escrita do autor bem mais dinâmica e profunda, o que faz com que o leitor fique preso mas também sinta aquilo que o personagem está sentindo.
A Travessia conta a história pela visão de Anthony Spencer, um homem rico, muito bem sucedido, mas que se tornou meio paranóico devido a esse seu egocentrismo. Ele se separou de sua ex-esposa duas vezes, de tão egoísta que ele é a segunda separação foi apenas por vingança, e teve um casal de filhos. O primeiro filho, Gabriel, morreu aos 5 anos, e ele se culpa muito por isso como se ele não tivesse feito o suficiente para que o menino sobrevivesse e esse é um dos motivos por Tony não acreditar mais em Deus. Ele já não se relaciona com seus familiares, e agora vive sozinho. Quando ele não está trabalhando ele está vivendo sua vida solitária.
Ele é tão paranóico que tem um escritório, ou melhor um esconderijo, em uma de suas casas, que ninguém tem acesso além dele. O escritório não consta nem mesmo na planta da casa.
No começo do livro Tony começa a refletir sobre todas as coisas erradas que fez com sua vida, e tenta fazer uma lista das pessoas que ele confia de fato... ele pensa em sua mãe, seu pai, alguns funcionários e sócios da sua empresa. E no fim não tem lá boas deduções apartir disso. Ele está desacorçoado com a vida e todos esses problemas, então mais uma vez mexe na sua pilha de testamentos do cofre, e assina um novo testamento, coisa que ele faz com frequência talvez porque Tony já não espera nada da sua vida. 
Tony tem um certo problema com dores de cabeça, mas que ele vem adiando sua consulta ao medico devido a seus compromissos de negócios e afins. Acontece que quando ele está saindo de seu escritório ele tem uma recaída, e acaba no hospital numa situação nada boa. Tony entra em coma, devido a um derrame cerebral, e os médicos descobrem que ele está com um tumor no cérebro
Ele acorda num quarto estranho, e encontra um cara que na verdade é Jesus. Tony que já não acredita mais, fica meio desconfiado, mas se deixa levar.
Tony quer de todo jeito voltar a viver. Então Jesus dá a ele uma missao: ele pode voltar e curar fisicamente uma pessoa, e então a jornada dele acaba.
Ele volta a terra, mas volta dentro de outra pessoa, como se ele estivesse na mente dela, e pudesse ver com os olhos dela.
Essa primeira pessoa é Cabby, um garoto de 17 anos que tem síndrome de Down. Cabby é um personagem muito divertido e amoroso, Tony consegue se comunicar com ele e, Cabby percebe logo que tem uma pessoa junto com ele, que ele logo considera como amigo. Através de Cabby ele conhece sua mãe, Molly, e a amiga dela, Maggie.
Molly é uma mulher que sofre pela doença que a filha tem e que a mantém internada. Maggie, é uma moça solteira que está perdidamente apaixonada pelo Pastor da igreja dela, um moço que é policial. Não sei, eu achei ela meio loca, mas é muito engraçado.
Também há momentos que Tony volta para aquele mundo paralelo e então ele entra em varias reflexões com Deus e o Espírito Santo. E o mais bonito de tudo, através de toda essa jornada, Anthony aprende a amar.
Eu gostei demais de A Travessia. Eu confesso que eu não acredito em tudo que li, mas consegui tirar muitas coisas boas desse livro. Eu acabei gostando mais de A Travessia, acho que porque eu me identifiquei um pouco com o Tony Spencer mas nada com o Mack Allen.
E a relação que o Tony tem com as novas pessoas é muito legal, tem algumas cenas engraçadas que eu comecei a rir imaginando, e você aos poucos vai percebendo as mudanças dele. A relação entre ele e Cabby é demais, você consegue sentir o amor que Cabby tem por ele, é mto bom.
A diferença entre os livros é que eu achei a travessia mais impositivo, Tony é um cara que não acredita e fazem com que ele acredite, que ele deixe aquele cara ruim para trás.

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