Legend | Marie Lu

Em Legend temos a oportunidade de conhecer um país que está sendo atacado por uma praga capaz de matar milhares de pessoas.

Quem nos apresenta a história é Day, o criminoso mais procurado do momento, e June, a militar mais inteligente e fiel à seu país. Estamos falando do gato e o rato da história, dois personagens completamente opostos vivenciando o mesmo drama através de perspectivas diferentes.

Day tem o desejo de conseguir a qualquer custo o antídoto da doença - que está em posse do próprio governo, porém só é acessível aos ricos - para que ele possa salvar sua família da morte. Enquanto June reúne forças e traça planos para capturar Day. O que June não esperava é que seu destino e o de Day se cruzariam tão rápido e sem que ela sequer percebesse.

Com capítulos curtos e uma escrita acelerada, Marie Lu não consegue prender o leitor com facilidade. Os primeiros capítulos se arrastam de maneira confusa e faz com que a gente perceba (talvez propositalmente) que os dois personagens distintos são mais parecidos do que imaginávamos. Isso, aparentemente, forçou a editora a dispor de uma diagramação diferente entre os capítulos para que o leitor não se confunda entre as narrativas que, várias vezes durante a história, são muito parecidas.

Mais ou menos na metade do livro, quando a história finalmente engrena, os acontecimentos seguintes passam a ser menos interessantes, visto que estamos falando do criminoso mais procurado da República o que aumenta ainda mais a nossa expectativa sobre ele. Quando prende, não surpreende, e Legend acaba sendo uma história difícil de engolir, difícil de se identificar, uma má aposta distópica dentre os best-sellers do momento.

Eu venci este livro. Eu sou a lenda.