Livro: A Herdeira, de Kiera Cass

Atenção! Há spoilers dos primeiros livros da série A Seleção.

Para quem tinha certeza de que A Seleção era um trilogia, Kiera Cass resolveu mudar de ideia e A Herdeira.
surpreendeu todos os fãs com um quarto livro:
A história dessa vez não teria seu foco em America ou Maxon, mas sim em Eadlyn Schreave, a herdeira do trono de Illéa. Isso mesmo, os dois tiveram quatro filhos no total, e a garota é a mais velha de um casal de gêmeos. Por apenas sete minutos de diferença de seu irmão, Eadlyn se tornou a herdeira, já que seus pais não achavam justo ela não ser a sucessora por ser mulher, e resolveram mudar essa regra.
Desde pequena, então, a garota cresceu com essa pressão de ser a próxima rainha e sempre acompanhou o pai em seu serviço para poder aprender como governar todo o país. Isso fez com que ela se fechasse como um mecanismo de auto-defesa, o que acaba passando uma imagem às vezes de que Eadlyn é uma arrogante, e chega até mesmo a irritar bastante.
A herdeira trás a visão da sociedade após Maxon Schreave ter retirado as castas. A ideia era que cada um poderia ter o emprego que quisesse e teriam também a chance de subir na vida. A teoria parece perfeita, mas na prática, isso trás alguns problemas trágicos que a família real terá que resolver. A crítica por trás do caos pelo qual a sociedade está passando também é bastante inteligente e atual, e foi uma ótima sacada da escritora.
Logo, surge a ideia de fazer uma nova seleção, dessa vez com 35 garotos dentro do palácio, quem ganhasse, teria a mão de Eadlyn. America e Maxon acreditam que isso ajudaria não apenas a filha a se abrir mais, mas também a distrair o povo enquanto tentam encontrar uma saída para a confusão. A garota, é claro, com seu jeito teimoso e autossuficiente, não gostou muito da ideia, mas acabou por concordar, e então se da o início de um novo reality-show em Illéa.
As últimas páginas, como é característico da escritora, me deixaram com o coração na mão e já roendo minhas unhas na espera da continuação da série.
Entretanto, é impossível não comparar este livro com o primeiro da saga, por isso não darei todas as estrelinhas na avaliação. A primeira seleção tem provas mais emocionantes e entrevistas mais legais, talvez isso se deva ao fato de que Maxon era mais aberto à situação. 
Eadlyn é uma protagonista que chega a ser mais irritante que America, mas ainda assim não tem como não gostar dela lá no fundo. Os concorrentes, por sua vez, são bastante divertidos e te deixam naquela dúvida sobre para quem torcer, o que foi uma coisa nova para a série.
Um ponto muito positivo é que A Herdeira nos dá a oportunidade de ver o lado de quem está afrente das escolhas e entender tudo o que se passa no governo do país. Este livro também foi importante para Kiera Cass conseguir preencher as lacunas que havia deixado em A Escolha sobre o futuro dos rebeldes e como o governo andaria com as mudanças drásticas e repentinas.
A capa ficou maravilhosa, compete com A Escolha pelo título de mais bonita da série. Além disso, a Saraiva lançou uma incrível edição em capa dura, exclusiva e numerada, com uma contracapa com estampa de coroas, que deixa o livro ainda mais encantador.






Malu Sâmia

20 anos, está na faculdade de jornalismo. Gosta de fotografia, comédias românticas, shows, revistas, clichês bem escritos, de tocar violão e viajar. Está sempre com um livro e o iPod na mochila, coleciona ingressos de cinema e imas de cidades. É impulsiva, persistente, um pouco distraída e muito curiosa.

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