
Esta é a premissa do livro Caixa de Pássaros, de estreante Josh Malerman. Com uma narrativa ágil e pouco usual, Malerman conta a história de Malorie e seus dois filhos, que vivem sozinhos em uma casa. As crianças, ainda pequenas, nunca viram a luz do sol diretamente e nem sabem como é a rua onde moram. Afinal, quando nasceram, o mundo já estava contaminado.
Assim, o autor conseguiu criar um ambiente tenso e que não mantém o leitor disperso ou distante da história. É tudo intenso. A cada página virada, um frio na barriga. Afinal, pense nos seus medos hoje. Eles podem ser vistos, certo? No caso de Malorie e seus filhos, nada é palpável ou próximo das pessoas. Um rápido barulho na janela e o medo se instala. Afinal, o que está lá?
E assim como os livros de Harlan Coben ou do brasileiro Raphael Montes, Caixa de Pássaros é um daqueles thrillers que não são abandonados no meio da leitura. Com cenas ágeis em sequência e acontecimentos perturbadores, é impossível largar. Típico livro de "virar a noite".
O final, entretanto, pode angustiar e chatear alguns. Afinal, o autor optou por algo que foge completamente do usual. Eu, particularmente, adorei. Mas, sem dúvidas, irá dividir opiniões e muitos, sem dúvidas, clamarão por uma continuação - que, segundo o autor, não deve existir.
Enfim, Caixa de Pássaros é um livro intenso, ágil e perturbador. Daqueles que não saem da mente tão cedo e que causam arrepios durante a leitura.
P.S.: recomendo não ler durante a noite. A menos que queira ter um sono agitado...
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