A trilogia Mara Dyer, do suspense ao psicológico


Desde o começo do ano eu tive que enfrentar uma onda enorme de pessoas que não paravam de falar de um tal livro muito doido sobre uma garota muito doida com uns problemas ainda mais doidos. Um livro chamado A Descontrução de Mara Dyer, escrito por Michelle Hodkin, que tinha a intenção de trazer uma história de terror num mundo em que a maioria das pessoas só tem olhos às distopias jovens e YA’s contemporâneos. Foi aí que tive a oportunidade de me envolver numa trilogia que me prendeu e me fez surtar da primeira à quarta capa.
O primeiro livro, A Desconstrução de Mara Dyer, dá início ao que eu prefiro chamar de suspense psicológico – tem tudo pra ser terror mas não dá medo, só te deixa meio cabreiro com o contexto. Logo de cara conhecemos Mara Dyer, a protagonista da história, que se diz utilizar esse nome mas não tem certeza se realmente se chama assim. E, nesse prólogo, ela e algumas amigas decidem jogar o famoooso jogo de tabuleiro Ouija, para contatar entidades paranormais, desvendar enigmas ou solucionar questões da vida (porque não basta falar com humanos vivos, eles tem que falar com os mortos também, né? Aiaiai...). Assim, naquele momento de medo e tensão, uma das curiosas tem a incrível ideia de perguntar aos espíritos ali presentes como irá morrer, e a resposta é um tanto quanto estranha: M... A... R... A.
Num primeiro momento, aquilo parecia não fazer nenhum sentido pra nenhuma delas, principalmente para Mara. Mas, o caso volta à tona alguns meses depois, quando ela, o namorado e essas duas amigas inventam de invadir um sanatório abandonado onde pretendem passar uma noite “diferente”... A última noite de suas vidas.

A história começa algum tempo depois, quando Mara acorda no hospital sem saber de nada. Ela não se lembra onde estava, o que houve e porque está internada. Aos poucos as coisas começam a fazer sentido em sua cabeça quando lhe contam que seus amigos morreram num acidente em que só ela sobreviveu. Como se isso não bastasse, com o passar do tempo, Mara começa a ter visões estranhas durante o dia a dia, alucinações, lembranças e mortes, que são detalhadas de forma muito real.

Porque tudo isto está acontecendo?
Porque somente ela sobreviveu?
O que Mara tem a ver com o acidente?

No meio desse bolo doido também conhecemos Noah, um amigo próximo que, junto com Mara, começa a buscar informações que possam explicar todos estes acontecimentos. E, como é de se esperar, quanto mais eles procuram, mais as coisas pioram.
Todas as alucinações de Mara começam a ganhar proporções absurdas, e as pistas tendem a explicar algo que talvez ela não gostaria de saber. Sua vida vira de cabeça pra baixo, seu psicológico já não é mais o mesmo e seus pensamentos se transformam em medo.


A trilogia como um todo é um mistério sendo desvendado. Conforme os problemas vão surgindo e por já não sabermos mais o que é real ou não, dá pra notar que a autora soube como chamar a atenção dos leitores. O texto possui muitos diálogos e por isso a leitura é muito simples e rápida. No primeiro, a personagem ainda está muito confusa com tudo, e por isso tenta driblar todas as situações bizarras pelas quais está passando. Já no segundo, ela aceita melhor a sua condição (diga-se de passagem, não se sabe se é algum tipo de poder ou problema psicológico) e está mais centrada na sua busca, porém cada vez mais aterrorizada, como se estivesse sendo perseguida a todo momento (talvez esteja mesmo). No terceiro, é a grande revira volta. Mara é praticamente uma outra pessoa e impressiona com um desfecho impactante.

Michelle Hodkin me conquistou. E me deixou dooooido pra ler outros livros dela. Eu adoro suspenses psicológicos e disso essa mulher entende muito bem. A autora pretende lançar um spin off na perspectiva de Noah e eu continuo muito curioso em me aprofundar ainda mais nessa história. Uma pena é que este livro está previsto para ser lançado somente em 2017. :/

Indico essa trilogia pra todo mundo, principalmente se você está cansado de tudo aquilo que os best sellers atuais estão oferecendo. A trilogia Mara Dyer não deixa de ser um best seller, é claro, mas foge daquilo que estamos acostumados como falei no começo. Por isso, leiaaaam! haha. E comentem comigo se estiverem surtando enquanto leem.

Até mais!

Cristiam Oliveira

22 anos, se formou em administração mas gosta mesmo de comunicação. Tem uma paixão enorme por cinema e adora, sobretudo, os livros. É muito organizado, calmo, chato e grudento; se apega muito fácil às pessoas que gosta e, às vezes, é extrovertido. Adora mudar e criar coisas; é muito curioso e persistente em tudo que faz. Gosta de cachorro mas prefere gatinhos (inclusive tem dois!).

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