Gosto
muito de livros que se passam na época da Segunda Guerra Mundial, por mais que
sejam histórias cheias de tristeza e crueldade, elas nos mobilizam e tentar
despertar o que há de mais humano em nós. Com uma premissa inusitada, O Livro
Secreto parecia ter uma ótima história, mas quando vi sua largura – apenas 176
páginas –, fiquei com medo de que o enredo não seria bem desenvolvido.
A
história é sobre Elias Ein, um judeu sobrevivente do holocausto, o qual se muda
para uma cidadezinha da Áustria para viver com tranquilidade. Em sua nova casa,
ele acaba descobrindo um alçapão que dá para uma biblioteca com livros contando
a vida de todos os seres humanos vivos e mortos. Elias não só consegue saber o
destino de cada pessoa até a morte, como também tem a possibilidade de voltar
ao passado e mudar o curso da história.
Como
eu temia 176 páginas é pouquíssimo para desenvolver os personagens e o enredo.
Tudo passava muito rápido e muitos personagens não tinham sequer motivo para
existir, já que não tinham muita relação com a trama principal. Elias quer voltar
no passado e salvar sua família da morte nos campos de concentração matando
Hitler. Sua vivência no passado, que podia ser enriquecida com uma narração
sobre a época do holocausto, se torna fraca e vazia. A impressão que fica é que
Grégory Samak escreveu despretensiosamente, já que nenhum personagem sequer tem
evolução.
O
final, ao meu ver, tentou seguir uma linha Efeito Borboleta, mas que deixou um
gostinho amargo na boca. A mensagem fica entendida, mas não foi passada de
forma efetiva.
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