1 - A história. Sem grandes mistérios ou histórias mirabolantes, O Último Adeus acompanha a vida de Lex, uma jovem garota que não está conseguindo lidar com o recente suicídio de seu irmão e a consequente desestruturação de sua família. Com esta história dura e cruel, o livro consegue passar ensinamentos sobre egoísmo, rupturas familiares, relações amorosas e, principalmente, solidão. É impossível não criar empatia com a narrativa e se sensibilizar com tudo que a autora, Cynthia Hand, escreveu.
2 - Os personagens. Lex, ao decorrer das páginas, vai se desnudando perante o leitor por meios de seus pensamentos, sofrimentos e dores. É uma personagem completa e que poderá passar a sensação de identificação para dezenas de adolescentes que passam por momentos parecidos com o da jovem. Além disso, o irmão suicida — o enigmático Ty — possui uma personalidade profunda, apesar de não aparecer com a mesma frequência de Lex.
3 - O formato de diário. Geralmente, odeio livros em formato de diário. Acho que limita a escrita e deixa tudo muito chato. Entretanto, em O Último Adeus, a autora usa o recurso de diário com total parcimônia, empregando-o apenas quando necessário. Isso acaba gerando um efeito de aprofundamento da personagem ainda mais intenso e criativo.
4 - O design do livro. É impossível não se apaixonar com o design da edição feita pela DarkSide. A capa é criativa: o título é tapado com um post-it e todas as letras são com uma fonte parecida com os rabiscos de uma caneta. Internamente, as letras azuis atrapalham um pouco, mas deixam o livro ainda mais personalizado e diferente. Rabiscos no começo de cada trecho de diário criam um efeito criativo e que conversam completamente com a história. Edição primorosa.
5 - O final. O livro não cria, em momento algum, momentos de suspense e mistério. É apenas uma história de superação familiar, pessoal e social. O final, porém, cria uma reviravolta TOTALMENTE inesperada e que deixa a história ainda mais impactante. É forte, bonita e emocionante.
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