Quem me conhece, sabe: não deixo
livros pela metade. Não importa se esteja ruim. Livros são caixinhas de
surpresas e podem mudar tudo no final – e se tornarem grandes livros. E foi
isso o que pensei que aconteceria com Os Gêmeos. A leitura estava
insuportável – personagens chatos, enredo monótono e diálogos risíveis. Mas fui
adiante.
A história, num primeiro momento,
é ótima. São dois irmãos gêmeos opostos: Claris é uma garota com uma alegria
imensa, extremamente disposta a fazer de tudo e cheia de vida; já Jad é frágil,
com problemas de saúde e pouca vitalidade. Porém, a vida dos dois tem um
mistério pairando: a mãe sumiu de casa quando os gêmeos tinham apenas três
anos. Isso acabou deixando o pai melancólico ao extremo e duas crianças que buscam
resolver o mistério. Além disso, a história de Salincada – a cidade onde moram –
e os mistérios que a cercam também acompanham a trama.
Porém, o mais interessante de
tudo – e que era para ser a maior sacada do livro: a história se passa no
século XXIII, apesar de ter ares de Idade Média. E isso acontece pois algo deu
errado no passado e a tecnologia se foi e a sociedade regrediu. E isso, logo no
começo, é colocado como um mistério.
Bom, a sinopse chama a atenção, apesar
de fortes ares infanto-juvenis e até infantis. Porém, tudo começa a desmoronar
logo no começo. A história se arrasta. Apesar da personalidade dos gêmeos
agradar e até ser bem construída, os secundários, por outro lado, não
convencem. Todos, com exceção de um ou outro, repetem suas ações e fica tudo
muito chato. Pauline deve ter se dedicado tanto aos gêmeos que esqueceu que um
bom livro tem bons coadjuvantes.
Aliás, Pauline consegue colocar
um número exorbitante de personagens coadjuvantes. Talvez livros como Cem Anos de Solidão e Guerra dos Tronos, conhecidos por terem
um número enorme de personagens, não cheguem aos pés de Os Gêmeos nesse quesito.
São muitos. E diria que 2/3 são desnecessários. Não acrescentam em nada. Não
influenciam a trama, não são dramáticos, não são engraçados. Só existem.
Outro ponto que num primeiro
momento parecia promissor, mas não o foi: as histórias da cidade. O local não é
bem ambientado, não há empatia e, em momento algum, senti vontade de conhecer
mais sobre Salincada. Um erro, afinal, a história da cidade é um dos pontos
principais da narrativa.
Só que o grande ponto negativo e
que derruba o livro de vez é a pouca atenção dada ao fracasso da tecnologia. As
explicações iam surgindo de maneira vaga e espaçada. Eram dezenas e dezenas de
diálogos sobre coisas aleatórias e, no meio, algo sobre esse ponto - que era para ser central na narrativa.
Além da falta de
atrativos, a narrativa é péssima. Queria chegar ao final desesperadamente. A
escrita cansa, não flui. Além disso, Pauline optou por escrever numa linha de
tempo não linear. E isso deixou tudo ainda mais confuso, chato e pouco
atrativo, já que para escrever desse modo, é necessário que o autor seja bom –
coisa que ela comprovou, com esse livro, que não é.
Li algumas críticas dizendo que a
falta de ritmo e atrativo é por este livro ser a introdução da saga (sim, o
livro inicia uma série chamada Crônicas
de Salincada e com dois livros até o momento). Mas isso é desculpa. Não é
motivo para ser um livro tão sem propósito.
Enfim, Os Gêmeos é apenas um
livro que pretende. Um livro que pretende ser a série Herdeiro, ser Harry Potter,
ser Eragon, mas fica apenas nisso, na
pretensão. Só não o considero péssimo por dois motivos: a boa construção dos
personagens dos gêmeos e por talvez, repito, talvez, melhorar no livro
seguinte. Mas, isso é um mistério e fica a cargo de você, leitor, decidir se
deve ler a série de Pauline Alphen ou nem ir adiante.
Nossa esse livro parece ser péssimo! Eu garanto que li a sinopse e pensei que era fantástico pura sorte que não comprei.
ResponderExcluirCapa horrível, história horrível, título que não chama atenção.
ResponderExcluirEsse realmente é ruim em um todo, eu não o leria nem se vocês tivessem dito que é bom, porque a sinopse não me chamou atenção nem um pouco.. Historinha esquisita. huehue
é foda quando perdemos tempo lendo algo ruim né.. Podendo tá lendo uma coisa boa, mas nunca dá pra adivinhar.
Não me animei nem um pouco para tentar ler. hahaha A capa foi uma péssima escolha também.
ResponderExcluirE eu não curti o 'mistério' que você falou que o livro tenta colocar: do futuro ser o passado, ou algo parecido. Bom, não faria o meu tipo de leitura.
Ainda bem que você já avisou e eu vou ler coisas mais interessantes .. rs
Beijos,
Carol
A capa tinha tudo para ficar legal, mas alguns elementos a estragaram.
ResponderExcluirNão seria um livro que leria, até porque pelo que você disse é um livro que tenta chegar em uma grande obra, mas acaba caindo.
Ainda bem que tem bons personagens, mas mesmo assim não lerei
www.gemices.com.br
Eu diferente de você não consigo acabar um livro que acho ruim..eu até tento mas não consigo..depois de ler a resenha é certeza que vou passar bem longe desse ai..
ResponderExcluirOla livros que contem mto personagem a gnt acaba se perdendo confundido tudoo.. e chato quando lemos um livro e nao e tudo akilo que pensamos ser.. mais eu aprendi que tudo tiramos proveito em alguma coisa, se vc leu e nao gostou da historia e tal em algum aspecto do livro vc tirou alguma coisa da sua vida entao nao foi tuma total perda de tempo, nao fiquem interessada em lê-lo..
ResponderExcluirotima resenha bjos