Divergente | Veronica Roth

Divergente. É uma distopia escrita por Veronica Roth em 2012 e publicado pela editora Rocco, no Brasil. É o primeiro livro da autora, tem 502 páginas e é o primeiro de uma trilogia. 
A história é narrada por Beatrice Prior, uma garota de 16 anos, e é ambientada numa Chicago futurista. Um lugar em que a sociedade por inteiro mudou: a sociedade nesse “mundo divergente” é dividida em facções (não, não são grupos terrorista ou algo do tipo), é como se a sociedade fosse dividida em 5 grupos de pessoas que possuem características distintas, tanto no modo de agir como no modo de pensar, se vestir, se relacionar com outras pessoas ou facções, e etc; e cada facção desenvolve um trabalho específico na sociedade. 
Na Abnegação, estão os altruístas, que comandam o governo e fazem tudo pelo bem da sociedade. Na Amizade, estão os "amiguinhos", que vivem em união. Na Audácia, estão os que protegem a a sociedade das ameaças. Na Erudição, estão os inteligentes, os que adoram buscar conhecimento. E na Franqueza estão os líderes do poder judiciário, os sinceros.
Cada facção vive num local determinado, ou seja, eles moram separados uns dos outros, mas isso não impede que eles tenham contato uns com os outros.
Primeiro, você nasce em uma facção e, teoricamente, é obrigado a viver nela. Mas, toda pessoa tem direito de mudar de facção uma vez na vida, ou seja, escolher qual facção você quer ficar, quando completa 16 anos.
A Beatrice nasceu e viveu com os pais e seu irmão gêmeo na Abnegação. E como eu já falei pra vocês, ela está com 16 anos, e está exatamente na hora de ela decidir se ela quer ficar na Abnegação ou quer pedir pra sair. E o irmão Caleb vai ter que passar pelo mesmo processo de escolha, já que tem a mesma idade que ela: 16 anos.
Mas não é tão simples quanto parece. É uma escolha muito difícil. Ou Beatrice se mantém na abnegação e continua vivendo com os pais, ou escolhe uma das outras 4 facções e vive com pessoas muito provavelmente desconhecidas.
Pra ajudar essas pessoas, antes da escolha, todos passam por um teste de aptidão. E é muito interessante como isso acontece, porque não é um simples teste escrito ou uma entrevista. O teste de aptidão é uma simulação que acontece na sua cabeça e ela define a qual facção você se encaixa melhor.
O grande problema é que a simulação da Beatrice tem um resultado inconclusivo. O correto e mais comum é que no final da simulação reste apenas uma facção como resultado, e o dela não. De todas as 5 facções Beatrice se encaixa em duas delas: Audácia e Abnegação. E isso à torna uma divergente. 
Ser divergente é perigoso. E o perigo passa a crescer ao redor de Beatrice após o teste, e a vida de Beatrice passa a girar em torno de sua escolha.

Eu não diria que os personagens do livro são bem desenvolvidos. Na verdade são as facções quem tem características que impõem personalidade aos personagens. Na vida real você percebe que é impossível alguém ser, por exemplo, altruísta a vida inteira. Mas, na Chicago futurista, se você for da abnegação, você é obrigado a ser altruísta. E o fato dos personagens serem designados a serem de tal jeito pra ser de tal facção os torna meio robóticos, na minha opinião.
Os personagens que se destacam na história são os que fogem desse padrão politicamente correto. A Beatrice, por exemplo, por ser divergente, mostra uma personalidade totalmente diferente de todos os outros e o isso a torna mais real.

Preciso comentar com os que já leram sobre uma parte que eu gostei muito no livro. Mas vou ser sutil então não chega a ser um spoiler. Eu queria falar sobre a cena da tirolesa, que foi um dos capítulos do livro que eu mais gostei. Porque eu me imaginei no lugar da Beatrice e senti... liberdade. Essa é a parte do livro que ela passa a ser o que ela realmente é. A parte que ela é aceita pelos outros e aceita a si mesmo. É uma cena bem simples que é totalmente importante pro personagem.

Ao terminar o livro o que me incomodou bastante e me deixou pensando por um bom tempo foi o fato de que a autora nem chegou a tocar no assunto sobre o que há além de Chicago. O que aconteceu com as outras cidades e estados? Eles também aderiram a esse regime de facções? Eu ainda não li Insurgente, que é a continuação desse livro, e não sei se ela vai comentar sobre isso nas continuações, mas eu realmente espero que sim. Uma explicação nunca é demais.
E como em toda resenha que a gente faz, no final comentamos sobre as adaptações que envolvem os livros. Divergente vai ter sim uma adaptação pro cinema que será lançada no primeiro semestre de 2014. E se for fiel ao livro com certeza vai ser sensacional!

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